terça-feira, 27 de abril de 2010

Coisas da vida corporativa: um dedão



Sempre tive certeza de que meu lugar não é em um escritório, com horário marcado para sair e entrar. Acho que eu me encaixaria melhor em um ambiente menos programado.

No entanto, a minha realidade é o confinamento de uma empresa tradicional. Às vezes, eu até me iludo pensando "não é tão ruim assim". Mas existem momentos em que a minha vontade de sair correndo fica mais forte. Quando alguém usa o polegar para sinalizar "uma média", por exemplo.

Tudo começou com um executivo: ele fez o gesto (chacoalhar o dedão) e disse: "não precisa ser um valor exato, só uma média". Aí, várias pessoas - os puxa-sacos principalmente - começaram a imitar. E essa repetição é prova viva de que as pessoas vivem em um mundo engessado, programado.

O pior de tudo foi ouvir do meu chefe hoje: "Aline, quanto está dando o padrão da mão de obra esse mês? Não precisa saber de cor, vale só um dedão."

Arghhhhh!

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