quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ah, acabou! =(

O triste das viagens é que uma hora elas acabam.

Ontem, nosso ultimo dia em BsAs, foi dedicado a fazer um passeio pelo Rio Tigre. Na verdade, foi um passeio meio chato. Mas, muitas pessoas tinham indicado...então fomos.
De qualquer forma, fica a dica... é totalmente dispensável.

Aí, é a parte difícil da viagem. Arrumar as malas para voltar. Difícil porque você sempre gostaria de estender a viagem e difícil porque, no meu caso, compra-se muita coisa e a mala não que mais fechar! ( Sei que a Sarah me entende bem! rsrs).
Ficamos com medo de ter que pagar excesso, Mas não nos cobraram nada, mesmo as nossas malas passando 8 kg do permitido. Hehe. (Hum...podia ter comprado mais coisas).

E ainda para ajudar, havia uma greve nos transportes públicos ontem em Buenos Aires. A cidade estava um caos e não conseguimos pedir nenhum táxi por rádio para nos levar até o aeroporto. Sorte que o nosso amigo que trabalha no hostel, Pablito ( mi amor, rsrs), foi pra rua com a gente e começou a se enfiar no meio dos carros na Avenida Nove de Julio até encontrar um táxi disponível para a gente.

Além da minha mala lotada de lembranças e dos novos amigos que estão engordando a lista do facebook e do msn, fica a saudade. Mas também fica a sensação de que algum dia nos encontraremos por aí de novo. Em algum lugar do mundo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Atualizando...

Segunda de manhã foi dia de ir tirar umas fotinhos na Casa Rosada. Apesar de ela ficar a poucas quadras do hostel e de termos passado por lá inúmeras vezes, seja de taxi ou de ônibus, ainda não tínhamos tirado fotos.
Uma observação: ela é super pequena se pensarmos que é a sede do governo federal. Aliás, aqui todas as repartições públicas são. O que me faz imaginar que eles sejam muito menos burocráticos que nós.






Mais tarde... bairro do Palermo. É um bairro enorme que reúne uma parte nobre e uma parte cool.
Primeiro fomos ao Jardim Japonês. Essa é uma dentre as milhares áreas verdes da cidade. Muito bom poder desfrutar aquele climinha calmo dentro de uma grande cidade. E ainda, pudemos dar comidinha para as carpas que vivem nos lagos dos jardins. =D








Depois disso, caminhada pelas ruas da parte ‘cool’, onde designers locais vendem suas criações, que vão de roupas a papelaria.
À noite, festa no hostel... melhor não comentar para não manchar a imagem de ninguém. Rsrs.






Terça-feira, obviamente não acordamos cedo porque a festa rolou até altas horas.
Mas foi hora de conhecer o bairro da Recoleta. Onde o primeiro achado foi a sorveteria Freddo. Lá existe um sorvete de ‘dulce de leche’ que é do outro mundo!





Depois, hora de passear pela igreja Nossa Senhora do Pilar. Essa igreja que era regida por freis franciscanos foi o que começou a dar origem ao bairro.
Eles eram chamados de “recoletos” porque ficavam reclusos. Mais tarde, o bairro teria o nome inspirado nessa ordem.
Ao lado da igreja, onde originalmente ficava uma horta, hoje existe um cemitério. Entre alguns desconhecidos está o túmulo de Evita Peron. Mas como eu não sou dada a essa cultura mórbida de ficar visitando cemitérios e túmulos, nem passei por lá.



Andando mais um pouco, chegamos a uma loja chamada Buenos Aires Design, de onde queríamos comprar quase tudo. Aqui na cidade eles tem uma cultura de design muito forte e isso se reflete nos produtos que são vendidos.





Depois da pausa para o almoço, foi hora de ir até o parque onde fica a Flor da Recoleta. É uma obra de arte enorme, feita em metal. Essa flor se abre e se fecha, conforme o movimento do sol. Por sorte, o dia estava ensolarado e pudemos vê-la aberta!
Passada a sessão de fotos, um cochilo embaixo da árvore, não faz mal a ninguém.






Corre para o hostel. Toma banho se arruma e vai para o Show de Tango.
Antes do jantar e do espetáculo, 40 minutos de aula de dança. Olha... já deu para me deixar com vontade de começar a fazer aulas no Brasil. Depois que vocês virem o vídeo em que eu danço com o meu amigo canadense, me digam se levo jeito ou não. Hehe.
A aula foi suficiente para nos divertir. Mas queríamos ver os profissionais. Acompanhado de um ótimo jantar , vimos um belo espetáculo. Super dá para se emocionar!














E lá se vai o penúltimo dia em Buenos Aires... ah que bom seria se as viagens nunca acabassem!

Mi Buenos Aires querido

No fim da viagem é que eu arranjo um tempinho para escrever aqui.
A questão é que aqui no hostel a Wi-fi não funciona no quarto, só no hall. E na maioria das vezes está rolando uma festa no hall e por isso, acaba não dando tempo de escrever.
Nossa chegada a Buenos foi uma coisa super confusa. O vôo chegou às três horas da manhã, mas a nossa reserva para o hostel só começaria a valer depois das 13h. E como eles estavam lotados, não conseguimos um quarto para àquela hora. Por algum motivo eu acabei não percebendo a diferença dos horários quando fiz as reservas e ficamos sem quarto.
Agora imaginem a situação:
Primeira coisa: estamos em um hostel. Lugar que costuma receber mochileiros que não carregam quase nada quando viagem e se vestem de maneira super despojada.
Segunda coisa: estamos em três meninas mega consumistas e mega patricinhas que estavam, cada uma, com uma mala enorme e casacos chiques de inverno (aqueles que usamos em Ushuaia).
Caso isso já não fosse estranheza demais, ficamos jogadas no hall de entrada do hostel, com as mil malas, tentando dormir no sofá (por sugestão da galera daqui), enquanto rolava uma festa um pouco mais atrás. Meia hora mais tarde, o gerente aqui do Milhouse, que já estava morrendo de dó da gente, conseguiu um quarto no hostel do lado para passarmos a noite.
Como havíamos feito uma caminhada de mais de quatro horas na montanha naquele dia, aceitamos sem nem questionar. Aí toca carregar mala pela rua de noite.
Mas passada essa primeira noite de confusão, deu tudo certo. Adoramos o Milhouse. Estamos em um quarto triplo, com banheiro privativo e direito a café da manhã. Tudo isso por 230 pesos a diária – o que daria uns 40 reais para cada uma. Vale lembrar que a localização também é ótima: fica na esquina da Avenida Nove de julho, perto da Avenida de Mayo. Temos metrô, ônibus e restaurantes a menos de 5 minutos.
Tudo aqui é super organizado: eles sempre organizam passeios pelos bairros da cidade, noites de tango, baladas... Fora as festas que acontecem por aqui todas as noites. Dá até vontade de trabalhar aqui. E eles estão precisando de pessoas. Acho que vou me candidatar. Rsrs.



Nosso primeiro tour pela cidade foi no bairro La Boca. Essa vizinhança é uma das mais antigas da cidade. Começou a ser povoada por imigrantes trazidos para trabalhar no porto.
A Boca é conhecida por três coisas principais: o Tango, El Caminito e o time Boca Juniors.
Foi nesse bairro, onde viveu Carlos Gardel e onde surgiu o Tango – que é o estilo musical pelo qual a Argentina é conhecida no mundo. Hoje, na área turística do bairro é muito comum ver casais de dançarinos se apresentando nas portas dos restaurantes.
“Quando se presta atenção às letras dos tangos, se entende melhor a personalidade dos portenhos. Somos todos como uma letra de tango. Fazemos drama para tudo”. Essa confissão da nossa guia no passeio, explica muita coisa.



A arquitetura desse lugar é outra coisa que chama atenção. As casas, em sua maioria, são feitas de telhas e pintadas de várias cores. A explicação: por se tratar de um bairro de periferia, as pessoas construíam suas casas com o material mais barato que encontravam, no caso telhas. E, como não tinham dinheiro para comprar tintas, utilizavam o resto de tinta deixado pelos navios que partiam. Por isso, pintavam cada parte da parede com uma cor, o que resultou na explosão de cores que é. A rua mais famosa do bairro é “El Caminito” (o “caminhozinho”).







E, por fim... futebol. Argentino é tão apaixonado por futebol quanto brasileiro. E um de seus times mais tradicionais é o Boca Juniors. Tanto que existe até um museu, o Museu da Paixão Boquense, dentro do famoso estádio La Bombonera. O estádio tem esse nome porque suas arquibancadas são tão verticais que lembram uma caixa de bombons. E a pressão que essa estrutura aliada a uma torcida de milhares de fanáticos exerce sobre o time adversário, só pode ser entendida quando se entra no estádio.
Deixando as rivalidades existentes entre brasileiros e argentinos quando se trata de futebol (ainda mais para uma são paulina fanática como eu, que está acostumada a confrontos na Libertadores), o passeio é muito interessante. Nos faz entender que quando se trata de futebol, não existe razão. Somos todos um bando de irracionais e apaixonados. Seja no Brasil, seja na Argentina.
P.S.1: Eu tinha prometido para o meu amigo Marquinhos que eu ia tirar uma foto ao lado da estátua do Maradona mostrando o dedo do meio. Mas estava cheio de gente por perto e fiquei com medo de apanhar. Sorry.







P.S. 2: A história do bairro da La Boca é muito interessante. Mas esse é um dos bairros mais perigosos da cidade. Portanto, é melhor fazer a visita acompanhada por guias.

Mais tarde, rolou uma festa aqui no hostel. Ótima oportunidade para conhecer pessoas e treinar o espanhol. Pero no mucho... Conheci um monte de brasileiros: mineiros, cariocas, paranaenses e até um cara do Tocantins!!! Rsrs.
Fora as pessoas do mundo inteiro que passam por aqui. O cérebro vira uma bagunça de tanta língua diferente que se ouve e que se fala.
Dei muitas risadas, me diverti muito... A única coisa ruim foi agüentar a ressaquinha no dia seguinte.
Aliás... A melhor forma para descrever o dia é seguinte é falar para vocês assistirem ao filme “Se beber, não case”. Sério: eu estava com medo de encontrar um tigre no banheiro. Rsrs.


No dia seguinte, queríamos muito conhecer um zoológico aqui da região, onde você pode pegar os bichinhos no colo e até dar mamadeira para os tigres. Mas o pessoal aqui do hostel disse que os animais são dopados para que as pessoas possam chegar perto. E como somos defensoras de animais, preferimos não ir, para não incentivar a prática. Em vez disso, fomos passear e fazer compras pela Rua Florida. Onde tem o maior número de brasileiros da cidade. Isso, porque tudo é mais barato que no Brasil e as pessoas aproveitam para comprar horrores.
Mais tarde fomos aos outlets da rua Córdoba, onde os preços também compensam muito.
Nem preciso dizer que perdi o juízo e saí comprando tudo o que vi pela frente, né? E, claro que me lembrei dos amigos e familiares. Fiquem tranqüilos! Rsrs.

Sábado foi dia de acordar, colocar vestidinho florido e ir para o Puerto Madero, uma das áreas mais nobres da cidade e fica às margens do Rio Del Plata. Os portenhos costumam dizer que o Puerto se parece muito com Miami. Como nunca fui a Miami, não pude comprovar a comparação. Só posso dizer que o lugar oferece sim uma vista linda. E, para aqueles que gostam de navegação, existe até um barco-museu, onde paga-se apenas dois pesos para entrar.







Depois de horas de caminhada, sorvete, museu e centenas de fotos bateu uma fominha e fomos almoçar no restaurante “Siga la vaca”. É uma churrascaria rodízio onde, em vez de os garçons passarem com as carnes, é você que vai buscar a comida na churrasqueira. Daí o nome.
Lá, você paga o equivalente a 40 reais pelo rodízio, 1 litro de bebida a sua escolha (pode ser cerveja, vinho, refri, água...) mais a sobremesa. Come-se muito bem e paga-se pouco.
Para constar: tem o melhor bife de chorizo que comi na viagem toda até agora.
Valeu pela dica, Su!



Mais tarde, fomos à manicure já que nossas unhas estavam horrorosas e íamos para a Pacha. Aqui as baladas começam às 2h da manhã (!). Enquanto isso, sempre rola um “warm up” aqui no hostel.
Não sei se é porque eu tinha uma grande expectativa para conhecer a Pacha de Buenos Aires, depois de ela ter sido colocada como a oitava melhor balada na mesma lista onde a D-Edge aparece em sétimo lugar, mas não achei a balada grande coisa. Obviamente tinha pessoas muito bonitas e o som era bom, mas a estrutura deixa a desejar. O tamanho dela equivale à metade do espaço da Pacha nova-iorquina. E bom... Se compararmos à limpeza e ao chão da D-Edge chega a ser covardia. Depois da balada, o perrengue para consegui um taxi decente. Aqui na cidade, existem muitos taxis clandestinos e é difícil distingui-los dos legalizados.
Mas deu tudo certo.
---Ainda não tenho fotos da balada para postar. Assim que eu pegar com a galera, coloco aqui. Por enquanto fiquem com a foto do esquenta no hostel.---



Domingão, dia de futebol.
Depois de ter me arrepiado entrando na Bombonera vazia, eu não poderia deixar de conferir como seria vê-la lotada.
Como disse um amigo jornalista esportivo argentino que fiz aqui... O Boca equivale ao Corinthians no Brasil. Ou seja, o negócio é feio! Mas como fomos com o pessoal do hostel, segurança e tudo, foi bem tranqüilo.
A partida foi contra o Húracan. Terminou em 2xo para o Boca. E foi super legal. Ver aquele estádio tremer, ouvir as musiquinhas da torcida. O triste foi ver uma partida morna, sem velocidade. A única coisa que salvou foi o (pouco) talento do Palermo, que fez o primeiro gol.
Pode-se dizer o que quiser do time, só não se pode falar da torcida, que assiste ao jogo todo em pé, gritando e empurrando o time como se ele fosse o melhor do mundo, mesmo em uma partida meia-boca (desculpem-me, não pude evitar o trocadilho, rsrs.).

“Te alentare de todo corazón...
Es la hinchada que te quiero ver campeón.
No me importa lo que digán, lo que digán los demás...
Yo te sigo a toda parte.
Cada vez te quiero más”






Ah, Babo... Aqui em vez do lanche de pernil da porta do estádio, tem lanche com lingüiça dentro do estádio. Hehe.


À noite, no hostel ainda rolou uma Jam Session, com uma banda conhecida dos funcionários, mas eu não agüentei e fui dormir cedo. Afinal, por mais que eu queira aproveitar ao máximo a viagem, alguma hora o corpo precisa descansar.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Próxima parada: Buenos Aires

Desde a ultima postagem, milhares de coisas aconteceram. E por isso não deu tempo de postar nada aqui.

Na segunda fomos visitar o Parque Nacional da Terra do fogo. Mil lagoas, cachoeiras, animais, a ultima estrada do mundo, vistas maravilhosas.
Depois ainda fomos passear com o trem do fim do mundo. Também a ultima etrada de terra do mundo.







Já na terça, fomos caminhar até o Glaciar Martial. Caso não ventasse tanto teríamos chegado ao destino. Mas como a força da natureza é muito mais forte que nós, paramos no meio do caminho.
Nada que nos impedisse de colocar champanhe para gelar na neve e fazer um brinde à viagem. Ô coisa boa!
O pior foi perder a hora e o teleférico. Solução: descer a montanha a pé!!! Rsrs.









Essa cidade vai deixar mil saudades. Do calor humano que ela tem e do frio que faz aqui. Também das lindas paisagens, da companhia maravilhosa... e também dessa louca que atende pelo nome de Elenilda e fez a nossa estadia em Ushuaia ser maravilhosa.




Mas não há o que lamentar... já que deixamos a cidade para continuar viagem por Buenos Aires. Pena que perdemos dois companheiros que precisaram voltar ao Brasil para trabalhar. Beijos Má e And.